Passei o dia pensando em que escrever para o último dia do ano de 2010. Se eu falar sobre o Lula serei redundante, pois toda a mídia só fala dele e o exalta como o político nota dez do Brasil. Falar sobre as corrupções do governo brasileiro também não acho legal. Afinal, já criamos uma casca que nos calejou à essas tristezas que nos batem na cara e que todos os dias nos jornais nos recordam que somos governados por uma maioria de corruptos. Nada veio à cabeça. Peguei minha bicicleta e fui ao parque do Ibirapuera. No caminho, a praça ao lado da minha casa me lembrou que vi igual sujeira no Sudão, país com 90% da população pobre. Na Vila Nova Conceição meninos faziam malabarismo com bolas de tênis para tentar tirar um trocado. Mendigos com o olhar sem objetivo, ali apenas por viver. Famílias que moram nas ruas com as crianças que ficam a mercê dos adultos e são obrigadas a pedir dinheiro no farol. Já no parque, vi as pessoas passeando, divertindo-se com filhos e amigos, esperando a zero horas.
Ainda na pedalada lembrei da viagem aos Estados Unidos e de como a estrutura e a organização das ruas de Washington, a capital, e de Nova York são surpreendentemente melhores que as nossas.
Ainda na pedalada lembrei da viagem aos Estados Unidos e de como a estrutura e a organização das ruas de Washington, a capital, e de Nova York são surpreendentemente melhores que as nossas.
Juntando todos os conhecimentos deste ano e batendo no meu liquidificador de idéias, chego a conclusão de que somos um meio termo entre África e Estados Unidos. Mais para África. Sério! Penso isso mesmo. Quanto ainda temos que caminhar para chegar a ser um país desenvolvido, se é que um dia conseguiremos, com essa quantidade enorme de analfabetos, mal instruídos e desempregados sob o comando de governantes “olhos gordos”, que não podem ver cinco reais que catam.
O jornalista Laurentino Gomes, em seu livro 1822, descreve as descobertas que obteve em suas investigações, que apontam um Brasil à beira da independência, com uma grande maioria de analfabetos e com um bando de corruptos no governo. Enquanto que na América do Norte os escravos já liam e escreviam.
Poderia escrever até 2011, mas para um blog seria demais e não quero cansar ninguém. Então fico por aqui contido, preso à realidade que me cerca e que acredito que um dia mudará, fazendo um Brasil merecedor de tanta popularidade presidencial.
Feliz Ano Novo !
Um comentário:
Legal André. Oportunos pontos de vista. Os americanos são melhores que nós que somos melhores que os africanos. A mendicancia nos EUA é tratada como problema de saúde pública e os nóias são retirados de circulação. Aqui os hipócritas os chamam de " moradores de rua "e os tratam como bichinhos de estimação. Na Africa são apenas pobres coitados mortos de fome.
Mas vamos cuidar de nós que é o que interessa.
Um abraço e sejam felizes !
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