sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Guantánamo para sempre

    O Congresso americano aprovou projetos de investimentos na guerra contra o terrorismo. Entre esses eles estão algumas medidas que complicam ainda mais a vida de terroristas e supostos terroristas que estão na prisão da Baía de Guantánamo. Em resumo a decisão que envolve os prisioneiros é de que nenhum tipo de verba americana pode ser usada para transferir presos acusados de terrorismo, nem mesmo para serem julgados. Também proíbe que qualquer terrorista possa ser levado para dentro da casa o tio Sam. No meu entendimento seria um tipo de: deixem esses caras ai presos e bem longe de nossas fronteiras.
    Para quem sofreu o atentado de 11 de setembro e viu um carro bomba quase explodir, em abril deste ano, num dos mais movimentados pontos turísticos de Nova York, a Times Square, é compreensível que todo o possível seja feito para impedir que qualquer ato terrorista volte a atingir a população dos Estados Unidos. E isso envolve a segurança de pessoas de todas as nacionalidades, incluindo cerca de 6 milhões de muçulmanos que vivem na tão sonhada América.
    O presidente Obama não falou a respeito das novas dificuldades impostas para a desativação de Guantánamo, uma das promessas de campanha dele, mas afirmou que continua compromissado em fechá-la, pois à vê como ferramenta para incentivar novos alistamentos em exércitos terroristas. A verdade é que, enquanto grupos terroristas continuam fortes e agindo, será bem melhor aos Estados Unidos e a todo o Ocidente que pessoas como Khalid Sheikh Mohammed, acusado como um dos mentores dos terríveis ataques às torres gêmeas, continue sem oferecer riscos potenciais a segurança de pessoas inocentes. Afinal, pagar sangue com sangue é uma das maiores ignorâncias praticadas em diversos locais do mundo.

Foto: Vista da cidade de Nova York, sem o World Trade Center, que foi um dos alvos dos atentados de 11 de setembro de 2001
Fotógrafo: André Lara

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