quarta-feira, 8 de setembro de 2010

TVA - A crítica

Uma impressionante incompetência me assustou esses dias atrás. Estou mudando de casa e no meio de todo o trabalho para estar no novo lar, a TVA me ajudou a ficar mais cansado. Tenho o serviço de internet, faz dois anos, então, resolvi colocar a TV por assinatura. Minha vontade era dar a minha família a oportunidade de entretenimento pela televisão. Apesar de não perder muito tempo na frente da "telinha", minhas crianças querem ver desenhos, minha mulher assiste os programas que ela gosta. Entretenimento! Só isso eu queria oferecer, ou melhor, comprar à família amada. Liguei, negociei e comprei o produto. Os telefonistas da TVA, muito educados realizaram uma negociação justa para a TVA e eu fecharmos negócio. Vieram instalar os aparelhos em casa. Então começou o errado. Combinaram três pontos e só trouxeram dois. Não estava disponível no momento. Mas era só ligar e solicitar a instalação, que estaria na mão (5 dias úteis). Ok! Fazer o quê? Ficaram então dois pontos conectados mas, um deles, o da TV HD falhou. O sinal não chegava. Nisso eu já havia ligado e re-ligado ao SAC da TVA. Solicitei o técnico, viria entre 19 e 22 horas. "Alguém tem que esperar na residência". Disse a telefonista. Esperei, ninguém chegava. Quinze pras dez. Ligo no SAC da TVA. "O técnico está próximo a residência senhor. É só aguardar". As 22 horas e cinco minutos, ligo novamente. O telefonista diz: "Foi remarcada para amanhã". Desacreditei, eles simplesmente não conseguiram fazer o básico. Venderam TV a cabo, mas não conseguiram instalar o combinado. Aquela irritação de ligar, às vezes cair a linha, tem que ouvir a secretária eletrônica de novo. Um sufoco total. Me irritei, desiludi e cancelei a compra. Obrigado TVA pelo menos a me ajudou a economizar dinheiro, até eu fechar contrato com o concorrente. 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cúpula Presidencial ao Empreendedorismo - Presidential Summit on Entrepreneurship


No dia 27 de abril de 2010 eu desembarquei nos Estados Unidos da América, mais precisamente em Washington D.C.. Havia 20 anos que eu não entrava no território do tio Sam. Fui a convite do Consulado daquele país, em São Paulo para participar da Cúpula Presidencial ao Empreendedorismo, promovida pelo governo Obama. A cúpula reuniu empreendedores de todo o mundo, na maioria muçulmanos. O intuito do governo Obama é estreitar as relações com os muçulmanos de todo o mundo. Lá havia muçulmanos do Oriente Médio, Ásia, Europa, África e América Latina. Empresários e novos empreendedores puderam palestrar contando suas experiências e vitórias. Novas idéias de jovens empreendedores muçulmanos vieram à tona mostrando a capacidade que os novos muçulmanos têm de realizar negócios e projetos que se enquadram dentro do caráter progressista que o mundo necessita para que se encontre a paz e a verdadeira e necessária democracia. O slogan da cúpula foi "Um novo começo" em referência ao depoimento de Obama na Universidade do Cairo, no Egito. Sou bem cético em relação ao progresso nas relações entre árabes muçulmanos e americanos, tendo em vista as diversas ações militares que o tio Sam tem promovido nos países islâmicos, além do apoio ao terrorismo de Estado israelense, chamado de segurança nacional. O muro que está sendo erguido para separar israelenses e palestinos exilados já está ganhando apelido de "O novo muro de Berlim". Esse tipo de coisa é retrocesso. Espanta partir de Israel uma atitude dessas, tendo em vista todo o progresso que alcançaram. A Presidential Summit on Entrepreneurship é um passo dado numa imensa estrada a percorrer. Toda caminhada, longa ou curta, começa com o primeiro passo, vamos ver se os andantes não se cansam antes de chegarem aos seus objetivos. Torço por isso e sei que o mundo também anseia por uma solução aos sofrimentos humanos. Enfim, a cúpula foi uma boa atitude dos americanos e, toda ação dos Estados Unidos, que concerte parte do imenso estrago causado pela gestão passada, nas relações com o mundo islâmico, é bem quista e contradiz as palavras de certos intelectuais que hoje bem dizem guerras.


Foto: Farah Pandit (Representante Especial das Comunidades Islâmicas, no governo Obama) discursa no segundo dia da Cúpula Presidencial.

Foto: André Lara

quarta-feira, 3 de março de 2010

Minha visita ao Porta-Aviões USS Carl Vinson


Dia 28 de fevereiro participei de uma recepção no Porta-Aviões USS Carl Vinson, da Marinha Americana, oferecida pelo governo dos Estados Unidos da América. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, onde teve início no Píer Mauá. Ao chegar no píer fui recepcionado por militares americanos que me indicaram onde devia pegar uma das vans que levaram a mim e a outros convidados até o local onde embarcamos, numa balsa, a caminho do Vinson, como é carinhosamente chamado por sua tripulação. Ao embarcar subi as escadas características do navio e já me sentia numa superprodução de Hollywood. Dois helicópteros estavam estacionados na entrada do salão onde ocorreu o evento. No Teto bandeiras de muitas nações penduradas e, no centro, em cima do palco, as bandeiras dos Estados Unidos e do Brasil, as maiores de todas. Mostravam que o evento era uma troca de diplomacia entre os dois países. Ainda, dentro do salão, estacionado de canto estava o caça F-18, da fabricante Boeing, avião o qual o tio Sam está oferecendo ao governo brasileiro. Além da recepção foi oferecido um passeio pelo convés do USS Carl Vinson. Isso mesmo, eu andei entre os cinco helicópteros e 22 aviões, entre eles 12 caças F-18. Além disso, conversando com o Contra-Almirante Ted N. Branch, soube que, no Haiti, a tripulação do Vinson efetuou grandes missões humanitárias. Foram mais de 2.200 missões e graças a elas foram entregues quase 167 toneladas de alimentos, 337 mil litros de água e mais de 17,5 mil quilos em suprimentos médicos. Realmente me impressionou esses dados, pois quando se fala numa máquina de guerra não se imagina que ela exista, também, para salvar vidas. O Porta-Aviões tem 74 metros de altura, mede 333 metros de comprimento, 78 metros de largura, tem capacidade para transportar 60 aviões e 15 helicópteros, além de uma tripulação de 6.250 membros. A tripulação gigantesca é riquíssima em miscigenação étnica. Apesar de todos serem americanos, há a bordo tripulantes homens e mulheres, com ascendência árabe, árabe islâmica, latina, negra, judaica, entre outras. Uma prova de que todos podem trabalhar juntos independentes de credos, raças e cores. Ao fim me despedi do impressionante USS Carl Vinson, que seguiria viagem para o Chile, buscando realizar com sua tripulação mais trabalhos humanitários em socorro às vítimas do terremoto.

Foto: Salão onde foi realizado o evento a bordo do USS Carl Vinson
Foto: André Lara

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A energia pré-paga e o estrangeiro


Já estava em Cartum, capital do Sudão, havia quinze dias quando resolvi deixar o hotel de duas estrelas que estava hospedado para me mudar para um apartamento alugado. Não que a hospedagem do hotel fosse tão ruim, mas a comida, de certo, não era compatível com meu estômago latino. Junto comigo, outro brasileiro que também se aventurava por aquelas bandas aceitou dividir as despesas do novo ap. A rua era de chão batido como na maioria da cidade, moringas de barro cheias de água eram protegidas do sol por uma cobertura de tela e ficavam à disposição de quem estivesse passando por ali com sede. Entramos no prédio, subimos as escadas, não havia elevador, então chegamos à residência. Um bom local com uma sala grande, dois quartos, uma ampla cozinha, ventiladores em todos os cômodos e, com aquecimento central, o chuveiro era muito melhor do que o do quarto de hotel. Já instalado na nova morada, eram quatro da madrugada e eu assistia TV. Passava um antigo filme norte americano, sem dublagem ou legendas, onde o ator Nicolas Cage devia ter uns vinte anos. De repente, um blecaute. Fiquei as escuras e na hora pensei que havia ocorrido um apagão, o mesmo que enfrentara no Brasil um mês antes de minha viagem a África ou, até mesmo uma ação militar ocorreria na cidade. Afinal, vivem sob ditadura e saíram de guerra civil há dois anos. Olhei pela janela investigando o ocorrido e, no mesmo instante percebi que era um fato isolado. Todos tinham luz, menos nossa escura habitação. Ok, paciência, deveria ser um problema passageiro. Fui dormir. Para meu desgosto, após três horas de sono, fui acordado pelo meu amigo de apartamento que ao despertar se deu conta da falta de energia. Dizia que ao tentar indagar a dona do imóvel sobre o ocorrido, ela, a proprietária, uma grega árabe aparentando ter uns cinquenta anos, com um inglês pobre, dizia repetidamente que precisávamos comprar energia. Isso mesmo, energia pré-paga. Num país pobre primeiro se paga, depois se usa. Compramos energia para nosso apartamento com a ajuda do filho da proprietária, problema resolvido, energia comprada, “toquei a vida”. Fiquei avaliando tal medida e cheguei até a achar viável para evitar calotes e “gatos”. Também passei a reparar que pela cidade, as grandes lojas, as mansões, os prédios públicos e grandes empresas tinham grandes geradores de energia e que por ali o problema era facilmente resolvido. Daí, percebi que quem “pagava o pato” nessas horas era a grande maioria desprovida de recursos financeiros. Já às vésperas de minha volta ao Brasil, à tarde, recebi no mesmo apartamento a visita um amigo brasileiro que mora em Cartum. Assistíamos a um VT exibido pela TV árabe, do jogo Botafogo X São Paulo, brasileirão 2009. Meu amigo, flamenguista, recordou rapidamente meu coração tricolor paulistano que naquele jogo o meu “imbatível” São Paulo havia sido derrotado nos minutos finais e deixava o brasileirão ir embora junto à conquista do quarto título consecutivo. Além disso, conversávamos outros assuntos enquanto fumávamos narguilé. Críticas ao governo local, família, internet, educação, saúde, higiene. Idéias diversas ocupavam nossas mentes quando de repente, de novo o blecaute. Os ventiladores pararam de soprar para amenizar o calor de trinta graus do inverno africano oriental, a televisão desligou, também a geladeira, o micro ondas e qualquer dependente de eletricidade que estivesse ali, daquele momento em diante, não tinha utilidade. O crédito acabou. Precisava comprar energia novamente, mas os proprietários não estavam em casa pra nos ajudar. Naquele instante estávamos sozinhos, eu e minha visita e, apenas placas em árabe indicavam o procedimento para compra de mais energia. Não precisei me desculpar com meu amigo, pois ele sabe que eu não estava habituado a comprar energia, no Brasil é diferente. Apesar de ter muitos caloteiros nossa energia não é pré-paga e os “gatos” existem. Saímos ao fim de tarde para jantar num dos poucos bons restaurantes da cidade, localizado na grande avenida que há em frente ao aeroporto de Cartum e deixei o problema para ser resolvido mais tarde. De volta à noite, no escuro, arrumando minha mala para a volta ao Brasil, com uma lanterna de cabeça, consegui a ajuda de uma amiga, sudanesa, que fala árabe e português perfeitamente. Energia pré-paga obtida, problema resolvido mais uma vez, pelo menos para mim que estava de partida.

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Foto: Rua no centro da capital Cartum. No país energia é pré-paga, quem não paga na hora fica às escuras.

Foto: André Lara


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Refugiados de guerra


Por André Lara


O que fazer quando seu país está envolvido em algum conflito, seja político, religioso ou étnico e, você passa a ser perseguido por declarados inimigos? Em muitos lugares do mundo as guerras transformam a vida de muita gente, deixando a elas a fuga como única opção. Essa fuga não é para um lugar próximo e sim um local desconhecido, onde o fugitivo não conhece nada, nem ninguém e na maioria das vezes, conta apenas com a própria sorte.


As pessoas que fogem de seus países de origem por motivos de temores de perseguição por causa de raça, religião, nacionalidade, grupo social, formação ou opinião política e são acolhidas em outras terras, recebem o status de refugiados. São recebidos pelas nações e sobre eles é feito um trabalho de adaptação aos costumes locais.


Quando um refugiado chega ao Brasil ele pode pedir status de refugiado ao governo. Após isso, um trabalho de investigação é realizado para ter a certeza de que o pedido é válido. O Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) é responsável por essas pesquisas e tem como integrantes o Itamaraty, o Ministério do Trabalho, Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, a Polícia Federal, uma instituição católica e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). “As pessoas que recebemos é que nos procuram. Muitas vêm escondidas em navios ou entram como turistas e depois pedem refugio. Atendemos aqui 78 nacionalidades,” Nos conta Sezira Furquim, coordenadora do Centro de Acolhida para Refugiados, da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo.


O primeiro passo para ajudar os refugiados, é lhes dar cidadania, pois muitos chegam sem nenhum documento ou, com documentos falsos. Após esse processo podem andar livremente pelo território nacional, trabalhar e usufruir de todos os serviços públicos que o país oferece. Depois é realizado um trabalho de integração social. “No começo foi muito difícil. Muitas vezes chorava achando que foi pior sair do meu país, mas graças a Deus as coisas se acertaram.” Declara Ahmed Hussein, palestino refugiado no Brasil há dois anos. Ahmed veio por causas das tensões entre o povo palestino e o Estado de Israel.


“Tinha medo de ver toda a minha família morta. Perdi meus pais, dois irmãos, não quero perder meus filhos, então a única maneira foi fugir.” Trazidos pelo governo brasileiro devido a um acordo entre o Brasil e a ACNUR, a família de Ahmed é uma entre centenas de outras famílias que fugiram de seu país por causa do drama da guerra. Casos semelhantes ocorrem com pessoas de outras nacionalidades, principalmente de países do continente africano, onde conflitos locais entre tribos e facções contribuem para o aumento de refugiados africanos no mundo.


Mohammad que pediu para não ter nome completo revelado por medo de represálias é da Somália. País que passa recentemente por conflitos internos. Ele veio sozinho para o Brasil a bordo de um navio cargueiro, escondido dentro de um container. “Foram dias sem comer. Não podia pedir ajuda pra ninguém, tinha medo que me jogassem pra fora da embarcação. Então, quando anoitecia, ia como um rato e roubava pão e água da tribulação, sempre sem ser visto. Não escolhi vir pra cá, apenas entrei no primeiro navio que consegui.” Mohammad é muçulmano, fala francês, inglês, árabe e a língua somali que diferencia conforme uma das 18 regiões que compõe o país, que tem seu território disputado por vários caudilhos.


Antes de se refugiar, trabalhava como advogado de um senhor de guerra. Depois que sua facção perdeu poder e passou a ser perseguida, só restou ao advogado fugir, sem lenço, nem documento, para poder continuar vivo. Hoje, vive com outros refugiados, dividindo as despesas de uma casa. “Mesmo não tendo a vida que eu tinha lá, como advogado, aqui sou mais feliz, pois sei que não verei guerra e violência tão cedo, se Deus quiser.”


O drama atinge milhares de pessoas no Brasil. Cerca de quatro mil refugiados vivem no país recentemente. E ainda, existem milhares que estão morando aqui em colônias e ilegais por não procurarem o governo brasileiro, às vezes com medo de ser encontrado e ter a paz roubada mais uma vez.


Enfim, o Brasil continua até hoje recebendo refugiados das guerras, se tornando cada vez mais um grande berço da miscigenação.

Foto: Crianças no campo de refugiados em Nyala, capital de Darfur. Setenta mil deslocados internos vivem nesse campo. Alimentos recebidos por ajudas humanitárias atingem apenas 70% dos necessitados.

Foto: André Lara





sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Explicando o Ramadan

O Ramadan é o mês sagrado do mundo islâmico. Durante esse mês muitas ações são cobradas dos fiéis, buscando o crescimento espiritual, mental e físico. Neste mês é que o Corão sagrado foi revelado para o profeta Maomé. Durante o Ramadan, que é o nono mês do calendário islâmico, os muçulmanos praticam jejum durante a luz do dia, concentram-se com mais esforço na adoração a Deus, se abdicam de pensamentos ruins, de fumar, de manter relações sexuais, da hora que o sol nasce até o pôr do sol. O jejum dura todo o mês e é um momento de grande concentração no caminho do Islam. Todo o dia é feita uma oração que precede a quebra do jejum. A refeição diária que quebra o jejum é chamada “Iftar”. Após ela é comum que os muçulmanos saiam para visitar familiares e amigos. O jejum é retomado no dia seguinte ao alvorecer. Durante as noites do mês do Ramadan os crentes podem comer e manter relações sexuais, até que apareça a linha de luz que separa a noite do dia. Se o crente praticante do jejum contar uma mentira, acusar alguém pelas costas, prestar falso testemunho, for ganancioso ou cobiçar, o jejum estará quebrado. Também durante o Ramadan os muçulmanos se aplicam mais nas orações e na leitura do Corão sagrado e, além das cinco orações diárias, os crentes praticam a oração de “Taraweeh” ou “oração noturna” que dura três vezes mais que as orações comuns. No 27º dia de jejum é comemorada a laylat-al-qadr ou a noite do poder, dia em que o profeta Maomé recebeu a primeira revelação de Deus e, segundo a tradição islâmica, nessa noite Deus determina o curso do mundo para o ano seguinte. Ao término do mês de Ramadan um feriado chamado “id-al-fitr” ou “o banquete do término do jejum” é comemorado tendo duração de três dias. Festas são realizadas, presentes são trocados, amigos e familiares fazem banquetes e rezam em congregação.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma das faces do terrorismo

A BBC Brasil divulgou uma notícia surpreendente. Um banco católico alemão, o Pax Bank, está investindo em ações de empresas fabricantes de anticoncepcionais, cigarros e armas. Não acho tão grave o primeiro investimento, apesar de ir contra a pregação da igreja católica. Afinal, o mundo precisa de anticoncepcionais e quem dera todos tivessem acesso. Mas os outros dois investimentos, armas e cigarro são o fim da picada. A soma dos investimentos chega a mais de 4, 200 milhões de reais. No caso mais grave, que foram os investimentos nas ações da empresa britânica de armamentos BAE System, a quantia chega a 2,3 milhões de reais. A imprensa alemã descobriu os investimentos diabólicos do banco católico e denunciou. Logo, o Pax Bank se manifestou dizendo que não sabia que tais fatos ocorriam. Pediu desculpas e se comprometeu a corrigir tais deslizes. Na verdade toda essa demagogia do Pax Bank é para “inglês ver”. Não é um erro, não é um deslize, tão pouco um acidente esses investimentos. A verdade é que estamos numa Terra onde a preocupação é garantir a própria existência, nem que para isso, precise-se investir em cigarros e armas, duas coisas altamente letais à saúde humana. Investimentos nos cigarros incentivam as doenças causadas pelo tabagismo, que matam milhões de pessoas ao ano em todo o mundo. E os investimentos em armas então? A Bae System é uma empresa britânica armamentista que fornece armas para o exército britânico, americano e outros aliados. Os mesmos que combatem em terras islâmicas. Enfim, vamos parar com a demagogia, pois, não há erro, não há vontade de paz, não há messias a caminho, nem tão pouco está próximo o fim do mundo com o soar das trombetas dos anjos. O que há são interesses e, o que os investimentos diabólicos do católico Pax Bank mostram, é apenas mais uma das faces do terrorismo.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Multa neles

Apesar de todas as confusões que existem nesse país parece que rumos que nos levam ao verdadeiro progresso estão aparecendo. O PROCON multou 20 empresas por mau atendimento nos SACs, por causa das novas regras que entraram em vigor em dezembro do ano passado. Os motivos das multas foram denúncias de consumidores que reclamaram do tempo de espera excedido, ligação incompleta, solução do caso com mais de cinco dias e outras ocasiões que, no atendimento de telemarketing, nos fazem arrancar os cabelos de raiva. Segundo o PROCON as multas totalizam R$10 mi e as empresas só poderão recorrer na justiça. As maiores multas (R$ 3,2 mi) foram para Vivo e para Claro. Tomara que tudo dê certo, afinal é realmente deprimente o atendimento dos SACs de diversas empresas. Agora também é necessário saber quando essas empresas terão que pagar suas multas, porque se as mesmas não começarem a sentir no bolso o descaso que têm com os clientes, acho difícil que melhorem. Mas com isso já foi dado o primeiro passo para regularizar esses atendimentos, que são sem dúvida um desafio para os consumidores quando precisam deles para resolver algo que os prejudica. Para frente Brasil. Ordem, progresso e multa neles.

Empresas multadas: Claro, Vivo, Telecom, TVA, Citicard, Ameplan, Amico, Itálica, Aviccena, Citibank, Banco Mercantil, Caixa Econômica Federal, Banco Ibi, Banco Gmac, Consortec, Allianz Seguros, Liberty Seguros, Marítima, Azul Linhas Aéreas e Expresso Brasileiro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Na sociedade brasileira a oligarquia ruindo

As sequências de noticias que revelam a sujeira do Senado e daquele que o preside nesse momento não para, nem parará. Afinal, há décadas de trapaças, corrupção, favorecimentos ilícitos, acertos, enfim, sujeira política que forma uma história que não pode, nem será apagada. Graças a Deus surgiu a web. Essa maravilha da tecnologia leva a informação sobre tudo e sobre todos de forma instantânea e o melhor, deixa tudo registrado, tudo escrito. O que fez, quem fez e por qual causa. A memória é a melhor arma que o povo pode ter contra os perversos e podres políticos que estão à frente da liderança deste Brasil. Paciência, silêncio e tempo são as estratégias que os políticos de caráter corruptível usam para se livrarem da verdade, mas isso parece estar sumindo. A população está consultando o que acontece no Senado. Fica sabendo pela TV, por um, por outro, no fim consulta na web, resgata a história e, claro, se indigna. Daí é que vem uma avalanche de condenações da opinião pública que chega àqueles que até então, achavam possível apoiar os errados, os sujos, os comandantes da paralisia do verdadeiro progresso desse país. Já é considerado um erro de estratégia o apoio que o presidente Lula está dando a Sarney e ao PMDB, afinal isso será lembrado nas eleições de 2010, graças às campanhas que virão e as consultas que são feitas na web a respeito dos atuais escândalos. O que importa é que as verdades estão aparecendo e chegando ao conhecimento da população informatizada e, até aqueles que se diziam apolíticos também se levantam exprimindo seus protestos de indignação e de vontade de justiça. Claro! Nosso dinheiro não é para a oligarquia, pois escolhemos a democracia e assim sendo a vontade do povo deve prevalecer. Então, viva a Era da internet, pois com certeza ela dará cada vez mais força para que diante dos protestos informatizados possamos ver na sociedade brasileira a oligarquia ruindo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A democracia entre os caudilhos

Acompanhando as notícias do golpe militar que depôs da presidência de Honduras, Manuel Zelaya, matutei como a democracia é frágil diante da bruta intervenção de grupos armados. Até hoje só conheci uma ditadura e foi através da História do Brasil. Relatos dos abusos, dos assassinatos e dos mandados de busca nas mãos de policiais, previamente assinados por juízes, que autorizavam prender qualquer um a qualquer momento. Para isso só precisava ser acusado de inimigo. Hoje temos exemplos de ditaduras como a Coréia do Norte, Cuba, China, Paquistão, Irã e outras pelo mundo, mas nenhuma tão perto e tão recente como a que acaba de se instalar em Honduras. O então presidente Manuel Zelaya, convocou o povo a expressar opinião sobre a possível existência de reeleição no país. Deu no que deu. Não quero aqui defender ninguém. Quero enfatizar que tudo isso fortalece a afirmação de que basta mexer nos interesses de oligarcas caudilhos, sejam eles quais forem, que a democracia fica bamba igual a bambu no pé. Centenas de desculpas vêm com discursos eloquentes, porém vazios, sem conteúdo que explique tais abusos contra a verdadeira democracia. Ao meu olhar subjetivo fica a impressão de que nossas leis não servem senão aos interesses egoístas de pequenos grupos que se acham incomuns. Tais caudilhos poderiam ao menos tirar uma licença e nos dar férias de suas idiossincrasias vergonhosas e indignantes. Deixarem que a vontade do povo prevalecesse, com a presença deles extinta do cenário político do país. Enfim, poderiam nos deixar em paz pelo menos uma vez.