quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cúpula Presidencial ao Empreendedorismo - Presidential Summit on Entrepreneurship


No dia 27 de abril de 2010 eu desembarquei nos Estados Unidos da América, mais precisamente em Washington D.C.. Havia 20 anos que eu não entrava no território do tio Sam. Fui a convite do Consulado daquele país, em São Paulo para participar da Cúpula Presidencial ao Empreendedorismo, promovida pelo governo Obama. A cúpula reuniu empreendedores de todo o mundo, na maioria muçulmanos. O intuito do governo Obama é estreitar as relações com os muçulmanos de todo o mundo. Lá havia muçulmanos do Oriente Médio, Ásia, Europa, África e América Latina. Empresários e novos empreendedores puderam palestrar contando suas experiências e vitórias. Novas idéias de jovens empreendedores muçulmanos vieram à tona mostrando a capacidade que os novos muçulmanos têm de realizar negócios e projetos que se enquadram dentro do caráter progressista que o mundo necessita para que se encontre a paz e a verdadeira e necessária democracia. O slogan da cúpula foi "Um novo começo" em referência ao depoimento de Obama na Universidade do Cairo, no Egito. Sou bem cético em relação ao progresso nas relações entre árabes muçulmanos e americanos, tendo em vista as diversas ações militares que o tio Sam tem promovido nos países islâmicos, além do apoio ao terrorismo de Estado israelense, chamado de segurança nacional. O muro que está sendo erguido para separar israelenses e palestinos exilados já está ganhando apelido de "O novo muro de Berlim". Esse tipo de coisa é retrocesso. Espanta partir de Israel uma atitude dessas, tendo em vista todo o progresso que alcançaram. A Presidential Summit on Entrepreneurship é um passo dado numa imensa estrada a percorrer. Toda caminhada, longa ou curta, começa com o primeiro passo, vamos ver se os andantes não se cansam antes de chegarem aos seus objetivos. Torço por isso e sei que o mundo também anseia por uma solução aos sofrimentos humanos. Enfim, a cúpula foi uma boa atitude dos americanos e, toda ação dos Estados Unidos, que concerte parte do imenso estrago causado pela gestão passada, nas relações com o mundo islâmico, é bem quista e contradiz as palavras de certos intelectuais que hoje bem dizem guerras.


Foto: Farah Pandit (Representante Especial das Comunidades Islâmicas, no governo Obama) discursa no segundo dia da Cúpula Presidencial.

Foto: André Lara

Um comentário:

Dionisio disse...

Andre, perfeitas colocações.
O assunto é complexo e polemico, mas os EUA são omissos e protagonistas de todos os conflitos pós segunda guerra. Eles não vão fazer nada, a não ser apoiar veladamente Israel.